Habitualmente, nós não amamos os nossos inimigos, não damos a outra face, não perdoamos setenta vezes sete, não abençoamos aqueles que nos insultam, não partilhamos aquilo que temos com os pobres nem colocamos toda a nossa esperança e confiança em Deus. Tentamos sempre arranjar desculpas. "Eu não sou santo." "Isso não é para todo mundo, certo?" "É um grande ideal, mas não é muito prático para os tempos de hoje."
Deus: o fundamento da paz verdadeira
A fé em um Deus que é amor ilumina a busca de paz que a humanidade hoje procura mais ansiosamente porque mais ameçada se encontra. Num mundo de pecado e violência, o amor não pode matar e destruir sem ao mesmo tempo desmentir-se a si mesmo como amor. Resta, portanto, ao amor, somente sofrer e morrer. O amor só pode sofrer, morrer, resistir. Cada vez que a justiça é violada, o amor sofre. Diante do sofrimento do inocente, não há outro lugar para o amor, não há outro lugar para Deus senão mergulhar no meio do sofrimento, ao lado do mais fraco, do oprimido, sofrendo com ele. Só assim se pode dizer que o amor é o último sentido da história, mais forte que a morte. Só assim se pode afirmar que Deus é amor. Só assim se pode entender a relação entre Deus e o mal, entre Deus-Trindade e o sofrimento do mundo.
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